Stevia — um instrumento natural para o controle de peso

Um número crescente de autoridades da área de saúde e de nutrição apoia o uso de adoçantes não nutritivos como ferramentas para a redução de calorias no controle e na perda de peso.1 Para muitas pessoas, a stevia é uma ferramenta para a redução de calorias ainda mais atraente, por causa de sua origem vegetal natural. Como adoçante natural, a stevia é especialmente adequada para ajudar as pessoas a desfrutar da doçura e a manter um estilo de vida natural e saudável para toda a família.

Origem da stevia

A planta stevia é nativa da América do Sul. Tradicionalmente, folhas de stevia foram ressecadas e usadas como uma erva doce em chá mate, chás e medicamentos ou simplesmente mastigadas, como uma guloseima. Centenas de anos mais tarde, na década de 1970, a stevia foi adotada comercialmente pelo Japão e, desde então, vem se tornando popular em todo o mundo.A planta stevia é um pequeno arbusto subtropical que requer temperaturas quentes, chuva adequada e sol abundante. Ela é cultivada de forma mais significativa na China, Paraguai, Colômbia, Índia, Quênia e Brasil e, com o desenvolvimento da agricultura, expandiu-se nos Estados Unidos e em outros países. Existem mais de 100 espécies de plantas de stevia, mas a espécie Stevia rebaudiana Bertoni tem as folhas mais doces e é utilizada para a produção comercial de stevia. Plantas de stevia não são geneticamente modificadas (não GMO)2, 3

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Doçura de uma folha

Dependendo do clima regional, a stevia pode ser colhida várias vezes ao ano. Depois de colhidas, as folhas de stevia são colocadas para secar. Para extrair os componentes doces das plantas, conhecidos como glicosídeos de esteviol, as folhas secas são, primeiramente, mergulhadas em água morna, como em um chá. O extrato líquido de stevia é, então, filtrado e separado das folhas e de outros produtos vegetais. O extrato de stevia pode então ser purificado e concentrado para atender às especificações regulamentares de extratos de stevia de alta pureza. Água e álcool de grau alimentício podem ser utilizados no processo de extração, de acordo com as diretrizes das principais autoridades de segurança alimentar e regulamentares, inclusive o Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives (JECFA), Comissão Europeia e Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos.4

Um olhar mais atento para os glicosídeos de esteviol

As folhas da Stevia rebaudiana Bertoni contêm vários glicosídeos de esteviol, os compostos que dão à stevia sua elevada e intensa doçura. Todos os glicosídeos de esteviol compartilham um núcleo molecular de esteviol comum.5 As diferenças entre os vários glicosídeos de esteviol são devido ao número e à disposição das moléculas de açúcar que se ligam ao núcleo de esteviol. Geralmente, os principais glicosídeos encontrados em folhas da stevia são o rebaudiosídeo A, esteviosida e rebaudiosídeo C, com base no peso seco. Outros glicosídeos de esteviol presentes em menor quantidade na folha da stevia são o rebaudiosídeo B, D, E e F, dulcosida A, steviolbiosida e rubusosida.6 Os glicosídeos de esteviol diferem em doçura e sabor, mas podem ser de 200 a 300 vezes mais doces que o açúcar.O extrato de stevia purificado pode conter um glicosídeo de esteviol, tal como o rebaudiosídeo A, ou uma combinação de vários deles. Extratos de stevia de alta pureza contêm 95% ou mais de glicosídeos de esteviol. Os glicosídeos de esteviol em extratos de alta pureza, após a extração e a purificação, são iguais àqueles encontrados na folha da stevia.

Extratos de stevia de alta pureza

Extratos de stevia de alta pureza têm estabilidade de pH, temperatura e armazenamento; por isso a stevia pode ser utilizada em uma grande variedade de alimentos e bebidas. Visto que a stevia de alta pureza está agora amplamente disponível, as pessoas podem encontrar novos produtos que usam a stevia ou alimentos e bebidas reformulados com menos calorias. A stevia é reconhecida como segura por todas as principais autoridades reguladoras.7Seu status de aprovação continua a crescer em todo o mundo, com base em uma série de evidências científicas, incluindo estudos em animais e seres humanos, que confirmam que a stevia pode ser consumida, com segurança, por toda a família.

imgpreview-13Doçura natural e sem calorias da stevia

A stevia pode ser encontrada, em todo o mundo, em muitos alimentos e bebidas, como uma alternativa natural para adoçantes calóricos e não calóricos. Além de reduzir a ingestão energética, a stevia não contribui com carboidratos ou eleva a resposta glicêmica, uma medida do efeito dos carboidratos na taxa de glicose no sangue.8 A stevia pode, assim, ajudar as pessoas com diabetes a desfrutar da doçura, sem afetar seus níveis sanguíneos de glicose e de insulina. A stevia é um instrumento de ótimo sabor para pessoas que procuram desfrutar da doçura natural, reduzindo calorias, como parte de uma dieta saudável.    
CohenConsultor do Instituto Global da Stevia, o Dr. Jean Michel-Cohen é um autor de best-sellers e especialista em nutrição internacionalmente reconhecido. Seu livro The Parisian Diet: How to Reach Your Right Weight and Stay There oferece uma abordagem de dieta que celebra o prazer de comer e explica como um hábito alimentar saudável pode incluir uma variedade de alimentos que satisfazem o apetite. Em The Parisian Diet, como em outros trabalhos, o Dr. Cohen sugere que as pessoas podem desfrutar de sabores doces, com moderação, por meio de escolhas inteligentes e com a ajuda de adoçantes como a stevia. Aqui está uma entrevista com o Dr. Cohen sobre sua filosofia de controle de peso.Existem muitas hipóteses e livros de dieta franceses baseados no “paradoxo francês”. O que é diferente em sua abordagem?Minha abordagem para uma alimentação saudável é retirada da tradição parisiense de refeições espaçadas, em intervalos regulares, com ingredientes frescos e saudáveis. O prazer de fazer uma refeição, e ao mesmo tempo perder peso, faz com que a dieta não seja uma tarefa árdua, mas sim, uma forma de desenvolver um estilo de vida que leva a uma alimentação saudável ao longo de toda a vida.Por que você escreveu The Parisian Diet?Escrevi The Parisian Diet, basicamente, porque, para mim, tornou-se uma paixão ajudar os outros a alcançar suas metas de peso e a adquirir um hábito alimentar saudável. Minha motivação também é baseada na experiência pessoal da luta para a perda de peso, quando eu era adolescente. Crescendo, eu vi o esforço de pessoas que seguem dietas da moda, só para fracassar depois de não terem conseguido alcançar suas metas. Eu criei uma fórmula que transformou em sucesso a perda de peso para milhões de pessoas ao longo das últimas três décadas e gostaria de compartilhá-la, para ajudar ainda mais.Como as pessoas podem evitar a armadilha do efeito sanfona e as promessas de Ano Novo? Manter as promessas de mudanças saudáveis ao longo do tempo é uma tarefa fundamental que considero neste livro. O primeiro passo é escolher um método prático. Também é importante se comprometer com um plano de recuperação para voltar aos trilhos, caso você se desvie de seu caminho, assim como é importante seguir estratégias que ajudem a combater os desvios comuns nas dietas. The Parisian Diet inclui dicas práticas sobre como contornar as armadilhas de compras do supermercado, como fazer escolhas saudáveis ​​ao comer fora e apresenta também um plano de recuperação para compensar os excessos.Quais são os seus princípios fundamentais para um estilo de vida com uma alimentação saudável? Os princípios fundamentais para um estilo de vida com uma dieta saudável são o controle das porções, escolhas alimentares inteligentes e bastante exercício físico. Exercício físico extenuante não é necessário, mas aumentar sua atividade física diária caminhando ou fazendo tarefas domésticas vai ajudar a motivar a perda de peso. O mais importante é que o prazer de comer é uma chave para o sucesso. Com escolhas inteligentes e refeições equilibradas, pode-se comer sem se privar de quaisquer grupos de alimentos durante a dieta para a perda de peso.Estamos diante de uma infinidade de opções de alimentos. Como as pessoas podem fazer escolhas mais saudáveis ​​no dia-a-dia?Existem fatores psicológicos e culturais envolvidos em nossa alimentação. Isso é o que enfrentamos todos os dias. Assim, eu tenho alguns alimentos-chave essenciais que deveríamos ter sempre na cozinha, tais como iogurte, legumes frescos ou congelados, sopas de legumes, peixe e marisco, queijo e ovos. Para bebidas, deveríamos ter ainda água com gás, chá, café preto e refrigerantes dietéticos, por exemplo. Você pode fazer substituições inteligentes para economizar calorias, sem se privar daquilo que gosta. Escolher stevia, por exemplo, já está ajudando a reduzir calorias e, ao mesmo tempo, a desfrutar do sabor doce de alguns de seus alimentos e bebidas favoritos.Como as pessoas podem fazer essas dietas e conseguir manter as mudanças de estilo de vida? Meu plano é manter uma atitude sustentável a longo prazo para a alimentação saudável e o bem-estar. Eventualmente, você aprenderá a estar no controle de seu novo estilo de vida e, para isso, existem práticas que podemos usar para ajudar. Ter um grupo de apoio durante a dieta para a perda de peso aumenta as chances de sucesso, pois a união faz a força: ter mais pessoas é sempre melhor do que estar sozinho. É por isso que minha abordagem se concentra na comunidade. Convidamos os leitores a agir por meio da participação em blogs e fóruns. Com o tempo, as escolhas saudáveis ​​e o estilo de vida se tornam autônomos e muito menos difíceis para se realizar.

 AshwellCombate à obesidade com o uso de adoçantes de origem natural

Este é um trecho de um artigo de desenvolvimento profissional contínuo escrito pela membro do Conselho Consultivo do GSI, Dra. Margaret Ashwell, e publicado pela Associação Dietética Britânica na edição de dezembro de 2011 da Dietetics Today, uma publicação mensal para nutricionistas no Reino Unido. Faça aqui o download do pdf completo do artigo. Para obter mais informações sobre a Dietetics Today e sobre a Associação Dietética Britânica, visite: http://www.bda.uk.com/A epidemia global da obesidadeO aumento da predominância da obesidade é um problema de saúde em todo o mundo, visto que o excessivo aumento de peso certamente leva a um aumento da ocorrência de várias doenças, especialmente doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. 1 As tendências atuais projetam mais 65 milhões de adultos obesos nos EUA e mais 11 milhões de adultos obesos no Reino Unido até 2030. Por sua vez, isso daria origem a cerca de sete milhões de casos de diabetes, seis milhões de casos de doenças cardíacas e derrames e mais de meio milhão de casos de câncer nos EUA e no Reino Unido juntos. Estima-se que os custos médicos associados ao tratamento dessas doenças evitáveis aumentariam em cerca de 55 bilhões de dólares por ano nos EUA e em cerca de 2 bilhões de libras por ano no Reino Unido, até 2030.Pense na forma física e não no peso e se concentre nas ”maçãs”Há muitas estratégias para o tratamento de pessoas com excesso de peso e de obesos, incluindo-se dieta, exercícios, medicamentos, terapia comportamental, cirurgia e combinações de todos estes. Mas é igualmente importante reconhecer aqueles indivíduos que são mais propensos a se tornar obesos e aqueles que terão os maiores riscos para a saúde quando isso ocorrer. Para isso, é mais fácil pensar em termos de forma física, não de peso. Hoje em dia, é universalmente aceito que os riscos para a saúde causados pela obesidade são mais graves para as pessoas com obesidade central, chamadas de “maçãs”, ao invés de pessoas sem obesidade central, chamadas de “pêras”.2   A obesidade central geralmente reflete depósitos extremamente grandes de gordura intra-abdominal, que parecem ser metabolicamente mais ativos e podem ser causa de diabetes, hipertensão e outros fatores associados ao risco cardiovascular e metabólico.A maneira mais fácil de determinar a forma física é calcular a relação cintura/altura (RCA), que é a circunferência da cintura dividida pela altura do indivíduo. Se a circunferência da cintura é mais do que a metade da altura, a RCA é maior do que 0,5 e seu paciente deve “considerar começar a agir”. Se a RCA for superior a 0,6, seu paciente deve “começar a agir” para evitar riscos para a saúde. Esse conselho também se aplica a pessoas no grupo com peso normal, conforme avaliado pelo Índice de Massa Corporal (IMC): aquelas com IMC entre 20 e 25.3 Utilize a tabela de Forma Ashwell, abaixo, como uma ajuda para priorizar os pacientes que mais precisam de seu auxílio para modificar a dieta e o estilo de vida, visando o controle de peso.Papel dos adoçantes na redução calóricaUma das maneiras mais simples de reduzir as calorias na alimentação é substituir o açúcar nos alimentos e nas bebidas açucaradas, total ou parcialmente, por adoçantes não nutritivos (ANN). Cada 100 g de açúcar contêm cerca de 400 quilocalorias. Por exemplo, para reduzir o consumo de 100 kcal por dia, conforme proposto por autoridades da área de saúde pública no Reino Unido, apenas 25 g de açúcar terão que ser substituídos por ANN — cerca de seis colheres de chá.Após 40 anos de disponibilidade de ANN nos mercados, estamos agora entrando em uma nova fase de desenvolvimento de ANN — os ANN de origem natural — que está alinhada com a demanda de produtos naturais. É aí que a stevia entra em ação. A stevia é o primeiro adoçante não calórico de origem natural a ser lançado no mercado pela indústria mundial de alimentos e de bebidas. Ela é um ingrediente adoçante, sendo até 400 vezes mais doce do que a sacarose.Como seus pacientes podem se beneficiar com a stevia? A stevia purificada é natural, estável ao calor, não fermentável e não cariogênica (ou seja, não promove a cárie dentária). A stevia é segura para pessoas com diabetes e adequada para ser usada por pessoas com fenilcetonúria (PKU), que não podem usar o aspartame NNS, pois ele contém o aminoácido fenilalanina. Em termos de compostos adoçantes, a stevia tem uma posição única, pois se situa entre a sacarose (que é de origem natural, mas produtora de calorias) e outros NNS (que não são produtores de calorias, mas não são de origem natural).A stevia está disponível para os consumidores de muitas maneiras. Às vezes, é o único adoçante no produto, às vezes é misturado com um outro ANN, sendo que ambas as opções proporcionam a doçura de zero caloria. Em outras ocasiões, ela é misturada com açúcar, para reduzir as calorias em produtos, como os adoçantes de mesa ou os refrigerantes. Hoje, a stevia pode ser encontrada em centenas de produtos alimentares e de bebidas em todo o mundo.Mas o que acontece a seguir? Há o perigo de que a stevia possa estimular o apetite? Felizmente, a resposta a essa pergunta é não, certamente não a curto prazo. Ao ingerirem stevia ou sacarose, tanto adultos magros como os com excesso de peso relataram níveis semelhantes de fome e de saciedade, e aqueles que receberam stevia não aumentaram a sua ingestão energética na refeição seguinte.4No seu consultório, pergunte a seus pacientes sobre seu consumo de alimentos e de bebidas açucarados. Para muitos deles, já existem alternativas de baixas calorias. Por que não sugerir que eles as experimentem e destacar que essa é uma maneira fácil de economizar calorias sem poupar na doçura? Se eles estiverem realmente interessados em usar apenas ingredientes de origem natural, então você pode dizer-lhes algo sobre a stevia. Lembre-se que seis xícaras de chá ou de café adoçado com stevia, em vez de açúcar, reduzirão 100 kcal por dia.

 Ashwell ® Shape Chart

O gráfico de forma física Ashwell ® se baseia em RCA. Se a forma estiver na região ‘chilli’ (RCA < 0,4), o paciente deve “tomar cuidado”.  Se estiver na região ‘pêra’ (RCA entre 0,4 e 0,5), o paciente tem uma forma saudável “OK”.  Se a forma estiver na região ‘pêra-maçã’ (RCA entre 0,5 e 0,6), o paciente deve “considerar uma entrada em ação’.  Se a forma estive na região ‘maçã’ (RCA > 0,6), a saúde do paciente pode estar em risco e ele deve “entrar em ação”. Shape Chart

REFERÊNCIAS

1. Garrow J. Treat Obesity Seriously – a clinical manual. Edinburgh: Churchill Livingstone. 1981. 2. Ashwell M. Shape: the waist-to-height ratio is a good, simple screening tool for cardiometabolic risk. Nutrition Today 2011;46:85-89. 3. Ashwell M, Gibson S. Waist to height ratio is a simple and effective obesity screening tool for cardiovascular risk factors: Analysis of data from the British National Diet And Nutrition Survey of adults aged 19-64 years. Obes Facts 2009;2:97-103. 4. Anton SD, Martin CK, Han H, Coulon S, Cefalu WT, Geiselman P, et al. Effects of stevia, aspartame, and sucrose on food intake, satiety, and postprandial glucose and insulin levels. Appetite 2010;55:37-43.

1. Ervin RB, Kit BK, Carroll MD, Ogden CL. Consumption of added sugar among U.S. children and adolescents, 2005–2008. NCHS data brief no 87. Hyattsville, MD: National Center for Health Statistics. 2012.


CohenCombatendo a obesidade: uma caloria de cada vez

Por Dr. Jean‐Michel Cohen, Consultor do Instituto Global da Stevia, especialista em nutrição, autor premiado de best-sellers sobre a nutrição e obesidade.A epidemia mundial da obesidade continua a aumentar em países industrializados e é um dos mais importantes problemas de saúde pública da atualidade. Em 2005, cerca de 1,6 bilhão de adultos (idade acima de 15 anos) estavam acima do peso (cerca de 25% da população mundial) e 400 milhões de adultos eram obesos. Até 2015, prevê-se que cerca de 2,3 bilhões de adultos terão excesso de peso e mais de 700 milhões serão obesos.1A causa fundamental da obesidade é o desequilíbrio energético, com o aumento da ingestão de calorias, frequentemente provenientes de alimentos altamente energéticos e pobres em nutrientes, que são ricos em gordura e/ou açúcar, e a redução de calorias gastas, devido a atividade física insuficiente.O consumo de alimentos e bebidas açucarados tem sido identificado como uma fonte extra de calorias, o que pode levar ao aumento de peso e do risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, derrame cerebral e certos tipos de câncer. Em média, os americanos estão consumindo 111 gramas (355 calorias) de açúcares adicionados por dia, a maior parte provenientes de refrigerantes.2 Isso é quatro vezes mais do que o recomendado pela American Heart Association para açúcares opcionais, que são limitados a cerca de 25 gramas por dia para mulheres de estatura média e um pouco menos de 40 gramas para homens de estatura média.3Doçura natural sem calorias com a stevia Stevia, o nome comum para os extratos doces das folhas da planta Stevia rebaudiana Bertoni, é um adoçante de origem natural sem calorias, com sabor doce. Ela é 200 a 300 vezes mais doce do que o açúcar e agora é encontrada, em todo o mundo, em muitos alimentos e bebidas, como uma alternativa de origem natural para adoçantes calóricos.4Além de reduzir a ingestão energética, a stevia não contribui com carboidratos nem eleva a resposta glicêmica (uma medida do efeito de carboidratos sobre os níveis de açúcar no sangue) e pode, assim, ajudar pessoas com diabetes a moderar seus níveis pós-prandiais de glicose e insulina no sangue. Com níveis sanguíneos mais baixos de açúcar e insulina, as pessoas podem ter mais controle metabólico e hormonal da fome e do acúmulo de gordura e uma redução do risco de obesidade e doenças crônicas.Stevia e saciedade Um estudo avaliou os efeitos clínicos da stevia, aspartame e sacarose sobre ingestão de alimentos, saciedade e níveis pós-prandiais de glicose e insulina em seres humanos.5 Participantes relataram níveis semelhantes de fome e saciedade, sem levar em consideração o adoçante utilizado. Apesar de menos calorias terem sido fornecidas por stevia ou por aspartame, em comparação com o açúcar de mesa (sacarose), os participantes não compensaram comendo mais.A stevia pode ser encontrada no mercado? A stevia está, mundialmente, disponível em muitos alimentos e bebidas de marcas conhecidas, encontrados em supermercados, farmácias e grandes lojas do varejo. As pessoas se surpreendem ao descobrir que os alimentos e bebidas que elas já conhecem e amam estão agora, frequentemente, sendo adoçados com a stevia. Os extratos de folhas de stevia, de alta pureza, possuem boa estabilidade de armazenamento, pH e temperatura, o que os tornam ingredientes ideais para adoçar uma grande variedade de produtos. E agora que a stevia de alta pureza está amplamente disponível comercialmente, os fabricantes estão produzindo novas opções, extensões de linha ou reformulando produtos existentes, para que sejam naturalmente adoçados com a stevia. A stevia é reconhecida como sendo segura pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos, assim como pela Joint Food and Agriculture Organizations of the United Nations/World Health Organization’s Expert Committee on Food Additives (JECFA). Também foi aprovada pelos órgãos oficiais competentes na Europa, Canadá, Nova Zelândia e Austrália. Isso ocorre porque o conjunto de evidências científicas, incluindo tanto estudos em animais quanto em humanos, tem demonstrado que a stevia é segura para o consumo de toda a família.Resolver a epidemia mundial da obesidade (e, particularmente, nos EUA, México e Reino Unido, com os mais altos índices) envolve uma série de estratégias de longo prazo, incluindo a prevenção, políticas públicas e programas para o controle de peso. As pessoas devem se tornar mais conscientes quanto aos açúcares em sua alimentação, devem mudar os maus hábitos alimentares e o estilo de vida e fazer mudanças ​​para reduzir a sua ingestão e aumentar se  gasto energético. A disponibilidade e acessibilidade a atividades físicas e uma grande variedade de alimentos saborosos de baixo teor energético, incluindo a stevia, certamente podem desempenhar um papel importante na solução.

REFERÊNCIAS

1 World Health Organization. Accessed 11.2.10: http://www.who.int/dietphysicalactivity/en/. 2 Johnson RK, et al. Dietary sugars intake and cardiovascular health: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2009: 120: 1011‐1020. 3 American Heart Association. Sugars 101. Accessed 11/22/10 at http://www.heart.org/HEARTORG/GettingHealthy/NutritionCenter/Sugars‐101_UCM_306024_Article.jsp 4 PureCircle. Accessed 11.2.10: http://www.purecircle.com/ 5 Anton, S.D., et al. Effects of stevia, aspartame, and sucrose on food intake, satiety, and postprandial glucose and insulin levels. Appetite (2010).


 Keith Ayoob, EdD Global Stevia Institute Advisor, internationally known nutritionist, and Associate Clinical Professor of PediatricsMisturas de açúcar e stevia como pequenos passos para controlar o peso

Por Dr. Keith Ayoob, Assessor do Instituto Global da Stevia, nutricionista internacionalmente reconhecido e professor clínico associado de pediatriaA obesidade continua a ser um importante problema de saúde em todo o mundo. Os consumidores e profissionais da área de saúde estão buscando soluções para reduzir calorias, de forma a ajudar no controle de peso. Enquanto muitos têm argumentado que os alimentos e as bebidas com adoçantes calóricos são uma fonte de calorias em excesso, a realidade é que os indivíduos nascem com uma queda por doces. É irrealista pensar que vamos abrir mão dos prazeres do sabor doce. Eu vejo isso repetidamente no meu consultório, ajudando famílias a lidar com questões relacionadas ao sobrepeso e obesidade. Elas, assim como eu, lutamos para encontrar os primeiros passos no caminho para uma melhor nutrição.A indústria de alimentos tem se reunido em torno dessa demanda por um sabor doce sem calorias. Um grande desafio foi encontrar uma maneira de substituir outros benefícios funcionais, além da doçura, que o açúcar proporciona. É por isso que, muitas vezes, percebemos que os produtos com pouco açúcar, quando cozidos, por exemplo, têm uma textura menos atraente e menor encanto visual. Sobremesas congeladas, sem adição de açúcar, muitas vezes proporcionam uma sensação diferente ao paladar. Esses alimentos não atendem às expectativas dos consumidores e, o mais importante, podem levá-los a acreditar que a saúde e o sabor não podem estar juntos.Prove a vantagem de uma mistura – “sinergia de doces” A disponibilidade de misturas de açúcar e stevia ou de misturas de stevia com outros adoçantes de origem natural de baixas calorias pode ajudar a mudar essa situação. O movimento em direção a misturas de adoçantes nutritivos (calóricos) e não nutritivos (não calóricos) cria alimentos e bebidas com nível médio de calorias e com doçura e perfil de sabor mais desejáveis, assim como cria para o consumidor uma melhor sensação ao paladar1,2. Durante a última década, temos visto um grande foco sobre a possível mistura de dois adoçantes simples, ao invés de um conjunto complexo de múltiplas opções, para obter o melhor perfil de sabor3. Essa sinergia entre os adoçantes pode ajudar os consumidores, tais como meus pacientes, a dar aqueles pequenos passos que eles precisam em direção ao controle de peso.Por exemplo, o rebaudiosídeo A (Reb A, um extrato doce purificado da planta stevia) apresenta excelente sinergia com outros adoçantes de origem natural, como frutose e sacarose (açúcar de mesa). Os benefícios tangíveis da incorporação da stevia em receitas existentes são muitos: a stevia é 200 a 300 vezes mais doce que o açúcar e é estável em vários níveis de pH e temperaturas extremas, o que a torna adequada para cozinhar, congelar e assar4. Com uma mistura de stevia com adoçantes de origem natural calóricos, tais como frutose e açúcar, o produto final tem o volume, estrutura, integridade, sensação ao paladar, textura e perfil de sabor que o açúcar proporciona – e que os consumidores esperam – com menos calorias, graças à doçura de zero caloria de origem natural da stevia. Essa mistura ideal pode realmente fazer seus alimentos favoritos terem um ótimo sabor, mas com menos calorias.Produtos com calorias reduzidas levam à redução da obesidade? Ter mais opções para uma alimentação com menos calorias pode tornar o controle de peso uma tarefa mais fácil. Misturas de stevia são uma maneira de reduzir as calorias de forma natural e fornecer uma forma menos extrema e mais satisfatória de se alimentar, o que, por sua vez, pode levar a hábitos de vida duradouros. Menos restrições alimentares podem ajudar a fazer mudanças alimentares que se tornem permanentes, especialmente, porque as pessoas estão conscientes de que não precisam abrir mão do sabor ou da textura de seus alimentos favoritos.Talvez essas misturas de adoçantes de origem natural possam ajudar a redefinir um “novo normal” para as bebidas e produtos cozidos tradicionais. Se os itens de calorias reduzidas são tão bons quanto as variedades repletas de calorias, talvez não haja mais a necessidade de produtos de elevado teor energético. Bem, alguns argumentam que os produtos com calorias reduzidas não satisfazem tanto o apetite e que as pessoas ainda tendem a comer demais, mas pesquisas mostram o contrário, quando se trata tanto da stevia quanto do aspartame5. Será que 85 calorias podem passar a ser o novo padrão energético para o refrigerante de 350 mL, em vez de 140 calorias? Talvez os muffins ou bolos agora possam ter 50 calorias a menos por porção. A redução de calorias pode aumentar com o tempo, e se os profissionais da área de saúde mantiveram as pessoas conscientes e ajudarem no esclarecimento, então o controle de peso poderá acontecer.É hora de repensar nossa abordagem de tudo-ou-nada no que diz respeito à adição de açúcar. Talvez possamos alcançar nossos objetivos de controle de peso mais facilmente dando pequenos passos como, por exemplo, pela substituição parcial do açúcar pela stevia.

REFERÊNCIAS

1 Verdi R, Wood L. Advantages of alternative sweetener blends. Food Technology. 1993;47:94-102. 2 Walters E. 1993. High intensity sweetener blends. Food Product Design. 3 Schiffman S, Sattely-Miller E, Graham B, Booth B, Gibes K. Synergism among ternary mixtures of fourteen sweeteners. 2000;25:131-140. 4 Purkayastha S. Stevia – A natural for the beverages market. Australian Beverages Council. 2009. 5 Anton S, Martin C, Han H, Coulon S, Cefalu W, Geiselman P, Williamson D. Effects of stevia, aspartame, and sucrose on food intake, satiety, and postprandial glucose and insulin levels. Appetite. 2010;55:37-43.